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E O VERBO ERA DEUS: A REVELAÇÃO DO LOGOS

Ilustração realista do rosto de Jesus Cristo, representando o Verbo de Deus encarnado, conforme revelado em João 1.1-5: Deus eterno, divino e iluminador.
O que significa afirmar que “no princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”? Essas não são meras declarações abstratas; são afirmações centrais à fé cristã. O prólogo do Evangelho segundo João apresenta um dos textos mais profundos de toda a Escritura, revelando verdades cruciais sobre a natureza, a eternidade, a divindade e a missão do Filho de Deus.

Neste estudo mergulharemos em João 1.1-5 a fim de entendermos mais acerca de quem é o Verbo à luz do texto original, da teologia bíblica e da tradição cristã. Veremos o que Ele é, o que Ele faz, e como a humanidade responde à Sua luz divina.

TEXTO-BASE


João 1.1-5

“¹ No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. ² Ele estava no princípio com Deus. ³ Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. ⁴ Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens; ⁵ e a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.”

O LOGOS: CONCEITO E CONTEXTO HISTÓRICO


Segundo a Concordância de Strong, a palavra “Verbo” (gr. Logos) é um substantivo multifacetado que pode significar “palavra”, “discurso”, “doutrina”, “razão” ou “pensamento expresso por palavras”.

Na filosofia grega o logos era visto como o princípio da ordem e do conhecimento. Para filósofos como Heráclito, o logos era o princípio racional que organizava o cosmos. No contexto judaico-helênico, por outro lado, o termo estava associado à Sabedoria divina e à intermediação entre Deus e o mundo.

João, sob inspiração do Espírito Santo, apropria-se desse conceito e o eleva à sua expressão mais sublime: O Logos é uma Pessoa, é eterno, é divino, é o criador que se fez carne e habitou entre nós. Ele não é apenas um princípio abstrato, mas o próprio Deus revelando-se ao mundo.

Nesse sentido, Jesus é o Verbo Divino —  a suprema revelação de Deus (cf. Hb 1.1,2), o próprio agente da criação, o sustentador da vida, a maior doutrina e discurso de amor do Pai para com a humanidade. Assim, com base no texto sagrado, extraímos verdades fundamentais sobre o Logos de Deus. Vejamos algumas delas:

I. O VERBO É ETERNO


A expressão “no princípio” (gr. en archē) nos remete diretamente a Gênesis 1.1: “No princípio, criou Deus os céus e a terra”. João, ao iniciar o Evangelho com as mesmas palavras, declara que quando tudo teve início, o Verbo já existia. Cristo não foi criado; Ele precede a criação. Ele é anterior ao espaço, ao tempo e à matéria, ou seja, Ele é eterno.

Isso é confirmado por outros textos bíblicos. Para tanto, dois exemplos serão suficientes:

  • “E agora, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse (Jo 17.5); e

  • Ele é antes de todas as coisas(Cl 1.17).

Nesse sentido, a eternidade do Verbo é uma doutrina central da fé cristã. O Verbo não tem começo nem fim. Ele é o eterno Filho de Deus, o alfa e o ômega, aquele que é desde os dias da eternidade (Mq 5.2).

Apologética Cristã

Ao afirmar que o Verbo já existia “no princípio”, fica refutada a heresia do arianismo, que negava a eternidade do Filho e o considerava apenas uma criatura exaltada. Essa doutrina herética, combatida por Atanásio de Alexandria e condenada no Concílio de Niceia em 325 d.C., afirmava que “houve um tempo em que o Filho não existia”.

Grupos modernos que negam a eternidade do Verbo incluem, por exemplo, as Testemunhas de Jeová. A ortodoxia, ao contrário, sempre sustentou que o Filho é consubstancial e coeterno com o Pai.

II. O VERBO É UMA PESSOA DISTINTA DO PAI


O texto afirma que o Verbo “estava com Deus” (gr. pros ton Theon), expressão que denota um relacionamento pessoal e íntimo, face a face. O Verbo não é o Pai. Embora compartilhe da mesma essência e substância do Pai, trata-se de uma pessoa distinta dEle.

Essa distinção é confirmada em diversas passagens. Dois exemplos bastarão:

  • Disse o Senhor [o Pai] ao meu Senhor [o Filho]: Assenta-te à minha direita…” (Sl 110.1; cf. Mt 22.44); e

  • “Eu sou um que testifico de mim mesmo [o Filho], e o Pai, que me enviou, também testifica de mim (Jo 8.18).

O próprio Senhor Jesus distingue sua pessoa da do Pai ao longo de todo o Evangelho de João, mantendo a unidade na divindade. Aqui temos o fundamento da doutrina da Trindade: Um só Deus em três pessoas distintas — Pai, Filho e Espírito Santo.

Apologética Cristã

Ao afirmar que o Verbo “estava com Deus” (gr. pros ton Theon), fica refutada a heresia do modalismo, que ensinava que Deus é apenas uma única pessoa que aparece de modos ou em papéis diferentes e em tempos diferentes. Essa doutrina herética, combatida por Tertuliano e condenada no Concílio de Constantinopla em 381 d.C., negava a existência de pessoas distintas na divindade.

Grupos modernos que negam a Trindade incluem, por exemplo, a Igreja Voz da Verdade, o Tabernáculo da Fé, as Testemunhas de Jeová e o movimento Árvore da Vida. A ortodoxia, ao contrário, sempre sustentou que há um só Deus eternamente subsistente em três pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo.

III. O VERBO É DIVINO


João não apenas afirma que o Verbo estava com Deus, mas que “o Verbo era Deus” (gr. kai Theos ēn ho Logos). Esta é uma das declarações mais diretas e evidentes da divindade de Cristo em toda a Escritura, mas não é a única (cf. Fp 2.6; Cl 2.2; Tt 2.13; 2 Pe 1.1; 1 Jo 5.20).

Ao comentar este texto, Charles Spurgeon (1834-1892) declarou não saber “como a Deidade de Cristo poderia ser declarada com mais clareza do que em sua duração eterna. Ele é desde o princípio. Em sua glória, ele ‘estava com Deus’. Em sua natureza, ele ‘era Deus’.”¹

O Credo Niceno (um dos credos universais), formulado em 325 d.C., também ecoa claramente esta verdade ao afirmar que o Filho é “Deus de Deus, Luz de Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, de uma só substância com o Pai.”²

Além disso, ao final do Evangelho, João registra novamente a divindade do Verbo sendo destacada na fala de um dos doze apóstolos: “Disse [Jesus] a Tomé: Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; chega a tua mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente. Tomé respondeu e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu! (Jo 20.27,28).

Sendo assim, crer na divindade de Cristo não é uma questão secundária — é um fundamento da fé cristã e ortodoxa.

IV. O VERBO É CRIADOR


João afirma que “todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez”. Este é um ensinamento claro na Bíblia. O Verbo é o agente da criação; uma verdade reiterada em outros textos fundamentais dos quais tomaremos mais dois a título de exemplos:

  • Ao falar sobre o Filho, declara que Deus lhe constituiu herdeiro de tudo, por meio de quem também fez o universo (Hb 1.2); e

  • Paulo, neste mesmo sentido, ressalta acerca do Filho quetudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele (Cl 1.16-17).

Não há nada criado que não tenha passado pelo Verbo.

Ele é o Criador e Sustentador de tudo o que existe. Isso inclui o mundo físico, as realidades espirituais, os anjos, os homens, e todo o universo, quer seja visível ou invisível.

Apologética Cristã

Ao afirmar que todas as coisas foram feitas por ele”, ficam refutadas as heresias do gnosticismo e do platonismo. A primeira ensinava que o mundo material era mau, de maneira que Deus jamais poderia ter criado a matéria. O platonismo, por sua vez, ensinava que a matéria era eterna, de maneira que Deus não a criou, mas apenas modelou ou organizou toda a massa preexistente.

A ortodoxia, ao contrário, sempre sustentou que só Deus é eterno. Ele é o criador de tudo o que existe e, além disso, Sua criação foi ex nihilo, ou seja, do nada.

V. O VERBO É AUTOEXISTENTE


Conforme está escrito, “nele estava a vida” em um sentido absoluto e sem fim — não uma vida recebida, mas intrínseca. O Verbo possui a vida em si mesmo (gr. zoē), em contraste com a vida meramente biológica (gr. bios). Trata-se daquela vida do alto (Jo 3.3), eterna (Jo 3.15,16; 20.31) e abundante (Jo 10.10). Jesus mesmo declarou acerca de si próprio:

  • “Assim como o Pai tem vida em si mesmo, assim também deu ao Filho ter vida em si mesmo(Jo 5.26); e

  • Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá. Crês tu isso?” (Jo 11.25,26).

Irineu (c. 125-c. 202), um dos pais da Igreja, comentou que a “vida não surge de nós, nem de nossa própria natureza; mas é dada de acordo com a graça de Deus. E aquele que conserva a vida que lhe foi dada e dá graças a Ele que a deu, também receberá para sempre e sempre duração de dias.”³

Nesse sentido, o Verbo é a própria vida, e todos os seres vivos só existem (têm vida) porque Ele é a Fonte que sustenta a existência de cada um.

VI. O VERBO É ILUMINADOR


João escreve que “a vida era a luz dos homens”. A luz aqui representa a revelação, a verdade, a salvação e a manifestação de Deus à humanidade. O mundo, afundado nas trevas do pecado, é incapaz de se iluminar por si só, mas o Verbo é “a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo” (Jo 1.9).

Sobre o tema, disse Jesus:

  • Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas” (Jo 8.12); e

  • “Enquanto tendes luz, crede na luz, para que vos torneis filhos da luz. Eu sou a luz que vim ao mundopara que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas (Jo 12.36,46).

Essa luz divina revela o estado real do homem, mostra o caminho da salvação e derrota o poder das trevas.

A RESPOSTA HUMANA AO VERBO ILUMINADOR


1. A Ambiguidade Intencional do Verbo “Compreender”


O texto diz que “a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam (Jo 1.5). O verbo “compreender” (gr. katalambanō) significa “apoderar-se, entender mentalmente” ou “prevalecer contra, dominar”. Strong destaca que “compreender”, “no Novo Testamento, é frequentemente usado para descrever o ato de compreender verdades espirituais ou a incapacidade das trevas de vencerem a luz.”

Nesse sentido, vários estudiosos apontam que o apóstolo João, sob o mover do Espírito Santo, utilizou propositalmente essa ambiguidade de modo a permitir ambos os sentidos simultaneamente.

Dessa forma:

  • As trevas não compreenderam a luz → no sentido de que não puderam impedi-la nem destruí-la, não podendo prevalecer diante da luz da revelação divina; e

  • As trevas não compreenderam a luz → no sentido de que não apoderaram-se dela (pelo entendimento), mas, antes, a rejeitaram e não lhe deram crédito algum, não aceitando a luz da revelação divina.

Essa dualidade reflete dois tipos de respostas humanas ao Verbo Iluminador. São elas:

A) Uma Resposta de Fé

O Verbo resplandece e manifesta Sua luz aos homens que estão em trevas (Mt 4.16). Neste sentido, Jonathan Edwards (1703-1758) comentou que “os homens em condição natural podem ter convicções da culpa que estão sobre eles [...] Tais convicções são da luz da verdade. Que alguns pecadores têm uma maior convicção da culpa e miséria que outros é porque alguns têm mais luz ou mais apreensão”⁴ dela.

Aqueles que respondem à revelação divina com fé podem notar a luz do Verbo de Deus dissipando as trevas que há em seus corações. Essa resposta de fé é que permite que a luz brilhe com poder salvador sobre nós. Neste sentido, Jesus declarou:

Eu sou a luz que vim ao mundo, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas (Jo 12.46). Desta maneira, as trevas não puderam compreender a luz no sentido de vencê-la ou prevalecer contra ela, pois Ele é a lâmpada que clareia as trevas dos que nEle creem (II Sm 22.29).

Aqueles que respondem com fé e seguem o Verbo não andam mais em trevas, pois já alcançaram a luz da vida (cf. Jo 8.12). Estes recebem o Verbo mediante a fé e tornam-se, assim, filhos de Deus: “Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que creem no seu nome (Jo 1.12).

Portanto, conforme o Mestre alertou, “andai enquanto tendes luz, para que as trevas vos não apanhem, pois quem anda nas trevas não sabe para onde vai. Enquanto tendes luz, crede na luz, para que sejais filhos da luz (Jo 12.35,36).

Porém, há também um outro tipo de resposta.

B) Uma Resposta de Incredulidade

A incredulidade cega, endurece e mantém o ser humano em trevas. O apóstolo afirma que o Verbo, isto é, Jesus, “veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (Jo 1.11). Mais adiante ressalta a destrutividade da incredulidade nos seguintes termos:

“Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz (Jo 3.18,19).

Neste caso, as trevas não compreenderam a luz no sentido de que não foram capazes de entender as verdades espirituais que lhes foram manifestadas. Essa rejeição e não aceitação das verdades divinas indica que o problema não está na luz, mas nos corações que não as querem receber, “porque as trevas lhe cegaram os olhos (1 Jo 2.11). Jesus falou acerca dessas pessoas dizendo:

“Neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis e, vendo, vereis, mas não percebereis. Porque o coração deste povo está endurecido, e ouviu de mau grado com seus ouvidos e fechou os olhos, para que não veja com os olhos, e ouça com os ouvidos, e compreenda com o coração, e se converta, e eu o cure (Mt 13.14,15).

Isso significa que o Verbo Iluminador se manifesta nessas pessoas, mas elas detêm a verdade em injustiça e, “tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu (Rm 1.21), permanecendo nas trevas.

Satanás cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho” (2 Co 4.4).

Síntese: Duas Respostas Diante do Verbo Iluminador

Para os que respondem com fé ao Verbo divino, a luz dissipa as trevas, e esses são arrancados do império das trevas e transportados para o Reino da luz. Tornam-se filhos de Deus e alcançam a vida eterna. As trevas não podem prevalecer quando respondemos com fé.

Por outro lado, aqueles que respondem com incredulidade à revelação do Verbo, as trevas lhes permanecem como um véu que cega os corações e os endurece em relação à verdade. Esses permanecem sob condenação e alcançam o dano da segunda morte. Seus corações obscurecidos pela incredulidade e pecado são incapazes de aceitar e receber a iluminação divina.

CONCLUSÃO


O Verbo eterno, que estava com Deus e era Deus (em uma ação contínua), entrou na história para iluminar a humanidade e salvá-la do império das trevas. Esse Verbo é eterno, pessoal, divino, criador, autoexistente e iluminador de todo homem que vem ao mundo.

No entanto, a pergunta que permanece é: Qual resposta você tem dado ao Verbo? Você O compreende com fé e O recebe como Senhor e Salvador? Ou permanece em trevas, rejeitando, pela incredulidade, a luz que veio ao mundo?

O Verbo ainda está iluminando. Que você não O rejeite, mas responda com fé, pois a Escritura afirma: “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo” (At 16.31).

Christo Nihil Praeponere — A nada dar mais valor que a Cristo


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NOTAS


¹ SPURGEON, Charles H. Bíblia de Estudo Spurgeon. BV Books, 2021, p.1679.
² CGADB. Declaração de Fé das Assembleias de Deus. CPAD, 2017, p. 218.
³ GEISLER, Norman. Teologia Sistemática Vol 1. CPAD, 2º Ed., 2025, p. 772.
⁴ Id., pp. 747 e 748.

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